Antaeus by Chanel
É curioso como a internet cria as ligações mais inesperadas! Hoje ao navegar pelos blogs que costumo frequentar, detive-me a ler o artigo colocado no Macroscópio sobre um frasco de Tabac (água de colónia) que tem já um valor sentimental, pois acompanhou todo um percurso de vida. Foi exactamente o que eu senti em relação ao frasco da "melhor" fragância até hoje criada - o Chanel Antaeus -. Sou possuidor desse frasco desde 1991 e cada vez que o utilizo lembro-me do dia em que o comprei. Foi numa manhã de Outubro, numa pefumaria na Rua da Madalena, naquela época em que os frascos com vaporizador eram uma novidade que se pagava bem. Optei pela versão sem vaporizador, ainda bem que o fiz pois todos os perfumes que posteriormente comprei com vaporizador gastavam-se mais depressa, creio que será por uma porção da vaporização se perder na atmosfera. O vaporizador foi uma brilhante ideia que os fabricantes de perfume tiveram, pois podiam vender mais caro o produto e, ao mesmo tempo, o consumidor, inconcientemente, gastava mais depressa o conteúdo do frasco. Ainda continuo a ser fiel ao meu perfume Chanel, e cada vez que o destapo as recordações surgem na minha mente. É este poder que admiro na fragância, a capacidade de imediatamente me transportar para um acontecimento passado que está guardado numa gavetinha muito empoeirada, mas que imediatamente se abre e se faz luz.