Marketeer500

Antes de tentar Comunicar é necessário saber ouvir

sábado, outubro 28, 2006

A Frase da semana


"Os contribuintes portugueses parecem ovelhas mansas numa sala de ordenha"

Esta frase publicada pelo nosso melhor blogger, O Jumento, merece honras de destaque em todos os telejornais. É a imagem mais simples e, ao mesmo tempo, mais fiel do que está a acontecer à classe média portuguesa, é um pontapé potente nas partes baixas do PM. Só espero é que o autor já a tenha registado! Não vá ele ser, um dia destes, surpreendido por um jornalista de uma televisão a proferi-la e reclamar a sua autoria.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Marketing na política


Aprendi há dias que os Ingleses fazem uma distinção muito segura de duas palavras que para nós, Portugueses, têm o mesmo significado: Client e custumer. Ainda bem que o fazem pois é bem mais importante do que à primeira vista parece.

Para nós Cliente e fregês são sinónimos, mas para os Ingleses só é Cliente, alguém que tenha uma relação comercial duradoura, o que presupõe uma relativa fidelidade com um fornecedor. Custumer é alguém que faz uma compra e provavelmente não volta mais a comprar naquela loja.

A fidelização de clientes em marketing é de grande importância, pois é preponderante para a sobrevivência da empresa a médio ou a longo prazo, é este um dos trabalhos que os marketeers dispendem mais energia a descobrir como fazê- lo.

Esta introdução serve para transportar o meu raciocínio para a área da política. Será que o Sócrates não faz contas à vida e se apercebe que nos está a tratar todos como Custumer? Depois de (muitos de nós termos deixado) o voto na urna, aguentem!

Será que ele não precisa de "clientes" para as próximas legislativas? Acho que ele está mal assessorado do ponto de vista do marketing, pois espero que os eleitores no intervalo da novela reflictam sobre o que ouviram no telejornal e penalizem oPS por tudo de mal que têm feito, na educação, no servilismo perante pressões de grandes grupos econónicos e outras matérias que poderão dar tema a outros posts.

Cada dia que passa estou mais desiludido com algumas das prioridades deste governo, a última que me apetece comentar é o perdão a uma instituição bancária por um "esquecimento", o que para mim, aquilo é fuga ao fisco para ricos e poderosos.

Eu não posso fugir ao fisco pois vão buscar o que querem e lhes apetece à fonte, e uma instituição bancária, coitados!... até são bons rapazes! vamos lá deixar passar desta vez... mas cuidado! para a próxima levam tau-tau! Mas o que é isto? a crise tem que doer a todos.

Este ano aconteceu-me o insólito com o IMI, o Estado cobrou-me 2 vezes este imposto e agora estou desde Maio para que me seja reposto, reclamação para aqui e alí, encontro-me no meio do labirinto burocrático. Quem me paga a perda de tempo e de nervos já feitas???
Contudo, verifico hoje que não ando para aqui a falar sózinho, na medida em que numa recente sondagem o PM desceu 14 pontos face às intenções de voto... Será isto o começo do fim!?

A popularidade do primeiro-ministro, José Sócrates, caiu 16 pontos em Outubro, enquanto o PS perdeu quatro pontos percentuais, segundo o Barómetro Marktest para DN e TSF, hoje divulgado. O primeiro-ministro, que tinha uma taxa de popularidade de 18 pontos positivos, caiu para apenas dois pontos. Os socialistas baixaram de 46 para 42%, uma quebra que não foi aproveitada pelo PSD, que se mantém nos 30%. (...)

Freakoconomics - de Steven Levitt -


[Texto picado no Macroscópio]

Why prostitutes earn more than architects:

"(...) an immutable law of labor: when there are a lot of people willing and able to do a job, that job generally doesn't pay well. This is one of four meaningful factors that determine a wage. The others are the specialized skills a job requires, the unpleasentness of a job, and the demand for services the job fulfills. The delicate balance between these factors helps explain why, for instance, the typical prostitute earns more than the typical architect. It may seem as though she should. The architect would appear to be more skilled (as the word is usually defined) and better educated (again, as usually defined). But little girls don't go up dreaming of becoming prostitutes, so the supply of potencial prostitutes is relatively small. Their skills, while not necessarily "specialized", are practiced in a very specialized context. The job is unpleasent and forbidding in at least to significant ways: the likelihood of violence and the lost opportunity of having a stable family life. As for demand? Let's just say that an architect is more likely to hire a prostitute than vice versa".

Steven D. Levitt & Stephen J. Dubner, Freakonomics, ed. Allen Lane 2005
  • Nossos próximos posts serão dedicados à obra do autor e a alguns exemplos que ele trata, designadamente no domínio da criminalidade e do imobiliário. Assim que alguns "trolhas" me liberem esse tempo mergulharei no tema com a urgência que ele merece. Esperemos que ainda seja antes do Natal, senão serei excomungado pelo "cha-ru-..." de Carnaxide...