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Antes de tentar Comunicar é necessário saber ouvir

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

"Manuela Ferreira Leite e o Marketing Político"


Macroscopio












No entretenimento - Ferreira leite mais a sua equipa de sábios também irão, certamente, fazer mexidas, pois à medida que a sociedade post-materialista avança mais será o divertimento, as emoções, as surpresas, o suspense, a titilação, o entusiasmo e os prazeres estéticos de que desejarão usufruir. Nesta medida não me admiraria que a campanha de Leite prometa uma política de cultura agressiva que proporcionará às populações mais livrarias exóticas e eróticas, sex-shops, clubes de vídeo, espectáculos teatrais, música interactiva, eventos desportivos, viagens históricas e outras actividades conexas para fomentar esta nova cultura nos idosos em Portugal. Para dar o exemplo não me surpreenderia de ver a srª Ferreira Leite a fazer o salto elástico, mais conheceido como Budji Jumping - da ponte 25 de Abril - para dar o exemplo de um desporto radical que é capaz de praticar. E quem é capaz disso também conseguirá governar... Marcelo tentou a proeza com o mergulho no rio Tejo, sem sucesso.













Diria que a Saúde, o Entretenimento, a Atracção e sedução, o Estímulo intelectual, o Contacto com os animais, o Bem-estar familiar e a Segurança financeira consubstanciam as sete áreas-chave que integrarão a aposta política da campanha eleitoral de Ferreira leite para as próximas Legislativas.
Veremos se desta vez a coisa corre melhor a Ferreira leite do que correu a Luís Filipe Meneses, sendo certo que quer num caso quer noutro quem governa não será leite - mas sim as Agências de Comunicação que lhe ditarão quais as medidas mais populares ou atraentes para ela debitar em contexto de campanha eleitoral.



E para quem se dizia absolutamente avessa à imagem, ao sound bite da sociedade espectáculo - encontraremos aqui mais um mundo de contradições que já são a marca d´água de Ferreira leite desde que assumiu a secretaria-geral do partido da Lapa.




Com Obama na Sala Oval dissolveu-se o ódio tradicional à América Imperial



Uma das grandes vantagens de Barack Obama (porque é negro) ter assumido os comandos dos EUA perante o mundo é que, doravante, esse mesmo mundo, mormente o mais fundamentalista que apoia o terrorismo global e suicidário, deixou de ter essa razão psicológica que os impelia para o antiamericanismo militante e irracional (e bombista). Talvez hoje, ainda que o terrorismo seja um dado da equação global que deve preocupar Obama, o perigo de maior antiamericanismo (de direita) emane, curiosamente, da Europa - vendo aí alguns resquícios do papel que o Velho Continente desempenhou no séc. XV - e que perdeu no séc. XX, de principal pólo de iniciativa e de conquista do planeta, o seu grande centro artístico e científico e senhor quase absoluto da organização política e estratégica das iniciativas económicas no mundo. No fundo, era a Europa que então estava a liderar a mundialização, avant la lettre, quando os EUA ainda nem sequer existiam (ou sonhavam que iriam existir). Ora, hoje a Europa não só perdeu essa capacidade de agir isoladamente - como ainda é um saco de gatos que nem se consegue entender em aceitar umas dezenas de prisioneiros de guerra provenientes do encerramento da base cubana de Guantánamo. O grande desafio para Obama é, a nosso ver e na frente externa, acompanhar o modo como se irão manifestar esses antiamericanismos que, curiosamente, tenderão a soprar mais do ventre mole da União Europeia do que desse arco fundamentalista fomentador de terrorismo que vai de Marrocos até à Indonésia. Quanto ao ódio à América, seja o de extrema-direita seja o de extrema-esquerda - o fundamento é sempre o mesmo vómito: o ódio à democracia e à economia liberal que lhe é indissoluvelmente associado. Infelizmente aquelas duas torres já lá não estão, com um custo humano verdadeiramente trágico para a América e para o mundo inteiro.


posted by Macro at 15.2.09 links to this post