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sexta-feira, maio 25, 2007

As asneiras de Mário Lino: o "deserto"



in Macro


Na sequência das declarações surrealistas do sr. ministro das Obras Públicas, Mário Lino - em que referiu que a margem Sul é um deserto (coitado!!! nunca deve ter ido à Costa da Caparica a banhos!!!) o Macro instituíu o Prémio para o melhor Camelo deste governo. E para não estarmos sempre a visar o Manel Pinho ou o Marcelo (que por vezes ainda consegue ser mais idiota nas missas que canta aos domingos) - dedica-mo-lo, desta vez, a Mário Lino, o homem da Ota e dos interesses privados ainda por esclarecer que pugnam, quase obsessivamente, por essa opção económicamente irracional e técnicamente disparatada.

Assim sendo, admitamos que o rapaz infra é o Mário Lino a ler o Finantial Times no "deserto" de Almada que, num belo dia de Verão (apesar da chuva) diz que a opção do aeroporto na margem Sul é mui perigosa porque - como assevera Almeida Santos (outro xé-xé..) - a Ponte 25 de Abril poderia cair objecto de um ataque terrorista e, assim, o Sul ficaria desligado do Norte e depois já não íamos passar vacances ao Algarve. Raciocínio brilhante...o deste Almeida santos. Admiro-me até como não foi para engenheiro de pontes.

Como diria o amigo João F. - as declarações de M. Lino devem ter sido bem regadas com uma "reserva da Península de Setúbal", quiça uma "Piriquita" - mas de gargalo largo, de modo que o sumo da uva fluíu mais do que devia e o resultado está aí: Almada é um deserto e a velha ponte de Salazar está prestes a cair. Agora só de Ferry Boat..

E por falar em Salazar, a srª Margarida Moreira saí-nos cá uma boa pidona, uma bufinha cuja missão é ouvir e anotar os esguinchos dos colegas/funcionários e depois denunciá-los ao Ministério Público - que lhes deverá instaurar processos disciplinares para os afastar compulsivamente, e a senhora passar a ser bem bem-vista perante o PM. Até dá vontade de dizer, regressa António Oliveira - estás "a"perdoado...

Mas infelizmente, nem este rapaz é o Mário Lino, nem está a ler o Finantial Times, nem o jornal defende a Ota, nem este deserto é uma rotunda de Almada em horas de ponta; e quanto ao Camelo (na imagem supra) - atendendo às bujardas que este ministro costuma debitar públicamente - gostaríamos de saber o que é que M. Lino fez às bossas do animal - depois de se ter sentado nelas...

Será só do vinho!? No lo creio...

Quanto à entrega deste Prémio para o melhor Camelo deste governo - sugerimos que fosse a srª dona Marrrgarrida morais a entregá-lo pessoalmente a Mário Lino. Assim, a parelha das asneiradas desta democracia tão parola quanto pidesca e persecutória ficaria completa, e o Portugal contemporâneo poderia meditar bem na tanga de agentes públicos que tem ao seu serviço.

Já agora, onde fica o exílio?!"

domingo, maio 20, 2007

Um conto surpreendente de Veríssimo importado do Macro





Esta é uma daquelas histórias que as pessoas juram que aconteceram, não faz muito sentido, com um amigo delas. Há anos você ouve a mesma história, sempre com a garantia de que aconteceu mesmo. Há pouco, com um amigo. Nesta versão o amigo se chama João e a mulher se chama Maria, para simplificar.
- O João começou a desconfiar das constantes conversas da Maria com José, amigo do casal. Volta e meia o João pegava a Maria e o Zé cochichando, e quando se aproximava deles, eles paravam.
- O que vocês dois tanto conversam?
- Nada.
Ou a Maria estava falando ao telefone e, quando o João chegava, dizia - "Não posso agora" e desligava.
- Quem era?
- Ninguém.
Não foi uma nem duas vezes. Durante semanas, o ninguém ligou muito. E um dia a Maria anunciou que precisava viajar. Sua vó Nica. No interior. Muito mal. Nas últimas. Precisava vê-la. Iria na 6ª de manhã e voltaria no domingo.
- Logo na 6ª, Maria?
- Por quê? Que que tem na 6ª?
- Nada.
João telefonou para a sogra e perguntou como ia a vó Nica.
- A mamãe? Deve estar bem. Foi com o grupo dela fazer compras no Paraguai.
Maria só levou uma pequena sacola na viagem. Claro, pensou João. Só o que iria precisar, no hotel em que se encontraria com o Zé para um fim de semana de amor. No fim da tarde, só para confirmar, João telefonou do seu escritório para o escritório do Zé. Não, o seu José não estava. Tinha saído cedo e avisado que não voltaria. Muito bem, pensou João. Muito bem. Era assim que ela queria? Pois muito bem. Ele se vingaria. Levaria uma mulher para casa. Sim, para casa. Uma mulher, não. Duas. Fariam um maneger a troi, ou como quer que se chama aquilo - na cama do casal!
Na boate, já bêbado, João perguntou para as duas mulheres, Vanessa e Giselle:
- Sabem que dia é hoje?
- Fala, filhote - disse Vanessa.
- O meu aniversário. E sabe que presente a minha mulher me deu?
- O quê? (Gisele)
- Cornos! E com o Zé. Com o Zé!
- Sempre tem um Zé - filosofou a Vanessa.
João desconfiara que uma das duas mulheres era um travesti, mas ao chegarem a casa, ele não se lembrava mais qual. Decretou que os três tirariam a roupa antes de entrar na casa. As mulheres toparam. Quando João conseguiu acertar o buraco da fechadura e abrir a porta, a Gisele tinha pulado nas suas costas e se pendurado no seu pescoço, e a Vanessa tentava pegar o seu pénis, e era assim que eles estavam quando as luzes da casa se acenderam e todos que estavam lá para a festa de aniversário que a Maria e o José tinham passado semanas planejando gritaram - "Surpresa!".

in LFV, O melhor das Comédias...

Conto picado no Macroscópio