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quinta-feira, março 15, 2007

O Triunfo dos Porcos...



[...] Now, comrades, what is the nature of this life of ours? Let us face it: our lives are miserable, laborious, and short. We are born, we are given just so much food as will keep the breath in our bodies, and those of us who are capable of it are forced to work to the last atom of our strength; and the very instant that our usefulness has come to an end we are slaughtered with hideous cruelty. No animal in England knows the meaning of hapiness or leisure after he is a year old. No animal in England is free. The life of an animal is misery and slavery: that is plain truth. But is this simply part of the order of nature? Is it because this land of ours is so poor that it cannot afford a decent life to those who dwell upon it? No, comrades, a thousand times no! The soil of England is fertile, its climate is good, it is capable of affording food in abundance to an enourously greater nunber of animals than now inhabit it. This single farm of ours would support a dozen horses, twenty cows, hundreds of sheep - and all of them living in a comfort and a dignity that are now almost beyond our imagining. Why then do we continue in this miserable condition? Because nearly the whole of the produce of our labour is stolen from us by human beings. There, comrades, is the answer to all our problems. It is summed up in a single word - Man. Man is the only enemy we have. Remove man from the scene, and the root of hunger and overwork os abolihed for ever. [...]

Alterar a História: uma nova visão do tempo e dos factos


Há dias desenvolvemos aqui um artigo meio surrealista em que equacionámos a possibilidade de António Vitorino vir a ser o homem que pegaria no PSD e ajudaria a fazer oposição ao PS e, dessa forma, conceber e propôr novas políticas públicas que tirassem Portugal do geto social e económico em que está. Mas a história não se deixa manipular assim, muitos menos os homens com coluna, daí o nosso exercício ter sido isso mesmo: um pequeno ensaio de ficção política que nos obrigasse a pensar de forma algo subversora.

Nesta senda neorealista poderíamos pensar que rumo seguiria o País caso AV estivesse na oposição a este PS de Sócrates. Que sectores se dinamizariam? Que políticas públicas entrariam em marcha? Como se geriam certos dossiers? Como seria e/ou estaria hoje o País.

Neste quadro prospectivo faz algum sentido equacionar que desenvolvimentos conheceria Portugal caso certos acontecimentos tivessem tido outro desfecho.

Daí a pertinência do exercício, não apenas para Portugal mas também aplicado ao mundo. Como estaria hoje o mundo se o 11 de Setembro não tivesse acontecido? Ou se o Hitler não tivesse nascido? Ou ainda se a construção da União Europeia nunca tivese ocorrido na sequência da II Guerra Mundial - que só muito dificilmente teria tido lugar sem a presença no terreno do ditador Adolfo.

Se quisermos podemos recuar mais um pouco, e perguntarmo-nos que América hoje o mundo conheceria se John F. Kennedy não tivesse sido assassinado? Ou, por extensão, criar factos políticos que, na verdade, nunca chegaram a acontecer como faz Marcelo Rebelo de Sousa naqueles mergulhos do Tejo ou naquelas missas domingueiras em jeito de monólogo de fim de semana; e se a URSS tivesse ganho a Guerra Fria a Reagan, à América e ao Mundo? E se Portugal tivesse feito a descolonização na década de 60, como estariam hoje os "Palops"? E com o Brasil - que relações bilaterais existiriam se as parcerias económico-empresariais e de carácter científico fossem multiplicadas por 10 - relativamente aos níveis de relações hoje existentes no quadro político? E se..., apesar de sabermos que o tempo não regressa nem a história se pode manipular.

E se a vida de Jesus Cristo tivesse começado no séc. XIX, como estaria hoje a Igreja na sua relação de fé com os crentes de todo o mundo bem como no diálogo com as outras religiões monoteístas? E se as guerras não tivessem tido o papel desastroso que tiveram, como viveriam hoje os refugiados de guerra, ou estariam as economias e a situação da Imigração no mundo?

Ou se Bush tivesse contemporizado com Saddam e hoje fossem bons amigos e aliados, como o foram na década de 80 do séc. XX, quando isso interessava a ambos? E se Durão barroso ainda hoje fosse Secretário de Estado da Cooperação ou MNE de Cavaco - gabando-se da possibilidade de sucesso dos acordos de paz de Bicesse - que depois degeneraram numa violenta guerra civil? Estaria Angola hoje mais ou menos desenvolvida?

O campo das possibilidades são quase infinitas, a história é o que é, montada sobre factos e não sobre ficções. Mas ao menos enquanto surrealizamos a história com todos estes "ses" não pensamos no presente que é capaz de ser bem pior do que o quadro ficcional que aqui traçámos. Sendo certo que a lição, se é que existe, que aqui pretendo partilhar é que o exercício do Poder é, essencialmente, um acto da imaginação e da criatividade, i.é, uma actividade nobre que deveria beneficiar mais da inventividade dos homens que acabam por ficar escravos das suas regrasinhas e disciplina.

Hoje a política tem falta de sonho, e porque não sonha não é nem criativa nem inventiva. Talvez por as coisas serem como são é que hoje estamos onde estamos...
in Macroscopio